Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, III Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237 4078

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Usos do espaço e a utilização do Sistema de Fichas na classe secundária experimental do Colégio Santa Cruz (1959 – 1962)
Stefanie Schreiber

Última alteração: 2017-10-15

Resumo


Classes experimentais é o nome dado a turmas de colégios públicos, privados e confessionais, as quais aderiram ao movimento de renovação que eclodiu no ano de 1958, através de um documento publicado na Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, que regulamentava e autorizava o ensaio de novos modelos e práticas de ensino, aprendizagem e avaliação. A trajetória histórica desse acontecimento será abordada nesse trabalho, evidenciemos, no momento, alguns dados de 1959, o primeiro ano de experiência. Acontecendo em cursos ginasiais e colegiais de instituições que demonstrassem estabilidade financeira e notória qualidade de ensino, as classes experimentais foram documentadas em um total de 25 instituições, que deram início a 31 classes, matriculando um total de 828 estudantes e capacitando um corpo docente total de 181 profissionais. O estado de São Paulo foi um dos principais polos de pesquisas e com maior concentração de escolas que aderiram ao experimentalismo, condição fornecida, principalmente, pelas pesquisas incentivadas pelo Centro Regional de Pesquisa Educacional (CRPE) do Estado. Esta comunicação concentra-se a uma reflexão sobre as mudanças na forma de organização espacial e do sistema de fichas na classe experimental secundária do Colégio Santa Cruz (CSC) de São Paulo (SP), notório pelo seu pioneirismo na rede de instituições confessionais documentadas. O trabalho explorará em primeiro lugar, as mudanças espaciais e seus usos, compreendendo as apropriações do modelo pedagógico utilizado pelo colégio, o Ensino Personalizado e Comunitário, de Pierre Faure. A segunda parte explora o sistema de fichas, que resulta em mudanças na organização temporal do colégio, do ensino e dos estudantes. Este sistema conduziu a mudanças na ordem das aulas e em suas durações; renovou suas formas de aquisições e avaliações dos conhecimentos e passou a organizar e reordenar ao dia-a-dia estudantil.


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