Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, IV Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237-4078

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Cromañon no se toca: a demanda patrimonializadora das vítimas do incêndio da República de Cromagñon
Helena Antunes de Moraes

Última alteração: 2021-06-13

Resumo


O incêndio na boate República de Cromañon, ocorrido durante o show da banda de rock Callejeros, em dezembro de 2004, vitimou 194 pessoas e deixou centenas de feridos. Horas depois do incêndio, um santuário começou a ser construído de forma improvisada em frente à antiga boate. Além das reparações judiciais, familiares e sobreviventes organizados em grupos como o “Movimiento Cromañon” reivindicam que o espaço seja patrimonializado e convertido em um espaço de memória. Neste sentido, um projeto de lei para expropriação do edifício foi entregue em março de 2019 para a legislatura de Buenos Aires, que até o momento, não o colocou em votação. Enquanto isso, os movimentos denunciam uma série de modificações realizadas na fachada e no interior do prédio, que em 2018, foi restituído ao proprietário, Rafael Levy, um dos condenados por incêndio culposo qualificado. Diante disso, este trabalho pretende analisar as demandas pela patrimonialização do imóvel e o intenso debate que emerge deste acontecimento traumático. Serão utilizados os aportes teóricos de Gorelik (2011), Flores e Penelas (2008) Lacarrieu (2005) e também de Palacios e Rodríguez (2011).  O trabalho utiliza ainda as contribuições de Huyssen (2014), Nora (1984) e Jelin (2002) que nos aproximam das articulações entre os espaços e as memórias.

Palavras-chave: Cromañón, patrimonizalização, memória.


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