Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, IV Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237-4078

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"Mulheres da vida pública": menores encarceradas e suas trajetórias nas narrativas institucionais
Carolina Wanderley Van Parys de Wit

Última alteração: 2021-06-16

Resumo


Discutir questões ligadas ao universo prisional engloba diversos fatores, que são mobilizados ao escrever essas narrativas históricas. Assim, é possível pensar a instituição para além de sua estrutura de poder, observando os rastros deixados por sujeitos que ali foram encarcerados. Mas afinal, o que podemos saber de um indivíduo que adentrou em uma instituição de isolamento? Como a trajetória institucional das detentas permite, ao historiador, observar as marcas das prisões, mas também compreender a vida delas? Esses são alguns dos pontos que buscarei abordar nesse artigo, que objetiva analisar a trajetória institucional e pessoal das menores que adentraram a Penitenciária do Estado de Santa Catarina entre a década de 1930 e 1960. Observando os rastros e registros produzidos por e sobre elas, buscarei identificar como a instituição de isolamento agia nos corpos que ali estavam. Pensando nos discursos acerca do encarceramento feminino, e fazendo uso de teorias da História do Tempo Presente, articularei, com os prontuários, temáticas abordadas historicamente sobre o aprisionamento de mulheres. Desta forma, assuntos latentes da sociedade civil, e demandas populares, serão analisadas para compreender como as reverberações de um tempo passado ainda podem ser lidas na atualidade.

Palavras-chave: Prisões, mulheres, menores, História do Tempo Presente.


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