Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, IV Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237-4078

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Trabalhadores(as) na manchete: as greves no alvorecer da Nova República (Santa Catarina, 1986-1989)
Geovanni Rocha Junior

Última alteração: 2021-06-16

Resumo


A presente proposta tem como objetivo fazer uma análise sobre a cobertura do jornal Diário Catarinense acerca das greves que ocorreram em Santa Catarina entre 1986 e 1989. O aumento do número de paralisações envolveu várias categorias e não ficou restrito ao estado catarinense, visto que pelo Brasil afora vários setores cruzaram os braços como forma de reivindicar reposição salarial e propor condições mais dignas de trabalho. A corrente de opinião do DC alertou para o impacto dos movimentos grevistas nos setores produtivos, colocando em evidência os esforços empreendidos pelo governo federal, conduzido por José Sarney, na tentativa de estabilizar a economia do país. Neste sentido, a empresa de jornalismo projetou para o país o início de um novo tempo cujo protagonismo deveria ser da livre iniciativa, refutando os supostos “vícios” da intervenção estatal na economia. No que diz respeito às relações de trabalho, o DC defendeu novas formas de organização. O sindicalismo, por exemplo, deveria deixar para trás o legado dos governos varguistas de tutela e paternalismo. O discurso abriu a possibilidade para a defesa das ideias de flexibilização dos mundos do trabalho. Tal prerrogativa, porém, dividiu espaço com a mobilização das classes trabalhadoras organizadas que ocupavam as ruas e eram responsáveis por formular sentidos contrastantes com a linha editorial da empresa catarinense, requerendo, entre outras coisas, reposição salarial e estabilidade no emprego.

Palavras-chave: Greves, Nova República, imprensa.


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