Última alteração: 2021-06-16
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo analisar as agendas de enfrentamento as violências a partir de dos documentos finais produzidos pela Grande Assembleia de Mulheres Indígenas Guarani e Kaiowá, dos anos de 2019 e 2020, no Mato Grosso do Sul. Os dois grandes encontros, que contam com a participação de meninas e mulheres Guarani e Kaiowá, são espaços de formação de lideranças femininas nos territórios indígenas do Mato Grosso do Sul e atuação política. Assim, a proposta é enfocar como as mulheres indígenas ali presentes problematizam e enfocam as questões das violências e as formas de enfrentamento, percebendo como são percebidas pensadas as violências no âmbito conjugal e familiar e ainda no âmbito estatal contra mulheres e crianças. Também nestes dois encontros estavam presentes a RAJ (Retomada Aty Jovem) que enfocam as questões dos jovens indígenas, e aqui problematizo as questões das meninas e adolescentes indígenas. A proposta do trabalho é perceber de que forma se constroem percepções sobre as violências, como estas afetam as meninas e mulheres nas suas experiências e vivências, e quais são as estratégias de enfrentamento. Também procuro analisar se há alguma relação das discussões sobre os enfrentamentos as violências e o acesso à educação formal por meninas e mulheres, analisando as relações possíveis entre o a acesso à educação e o fato de ocuparam posições de liderança.
Palavras-chave: Mulheres indígenas, Guarani, Kaiowá, gênero, violência.