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Com os suportes em formato físico as experiências táteis e sensoriais, eram muito maiores, não precisávamos de intermediários como: aplicativos, tecnologias, gadgets. Bastava a experiência do silêncio da alma e a inquietude do espírito. Para além dessa ampla produção de novos suportes para o registro, o mundo contemporâneo produz outra categoria de leitor e de produtores de conteúdos. A escrita e a leitura se colocam de outra forma: a escrita não possui mais o componente de linearidade que conhecíamos e diferentes narrativas podem dar-se. Um blog, que seria em outros tempos um diário, apresenta escritos, imagens, vídeos, sons e que não se encontram linearmente dispostos. O leitor, assim, é movido e hiperlinkado para outros rumos. O encadeamento do escrito não é de quem escreve, mas muito mais de quem lê e da forma que escolhe como leitura. É nesse contexto que o documento de hoje é produzido e é nesta economia que circula, divaga virtualmente, desterritorializado, numa fragmentação veloz de tempos e espaços. A narrativa se liberta de seu produtor imediatamente após a sua produção. Paradigmas necessitarão ser revisitados, repensados e intermediados por muitas outras áreas. Vivemos uma transição que é cultural, social e, principalmente, de formatos e tecnologias. O laboratório para tais inquietações é meu blog: Pensados a Tinta https://pensadosatinta.blogspot.com.br/, cujos frutos, caminhos e trilhas partilharei com todos.