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Este trabalho tem como objetivo central verificar em orações impressas e manuscritas, além cartas pessoais, aspectos da fé, cura e saúde, manifestados por moradores do interior da Ilha de Santa Catarina no tempo presente. Diários, cadernos, orações manuscritas e cartas pessoais, entre outros, podem revelar aspectos de um tempo, presente ou passado, e, segundo Maria Teresa Santos Cunha: “oferecer aos pesquisadores outras novas versões/representações das práticas individuais, políticas e sociais”. As orações revelam uma religiosidade de caráter mais privado e individual; cura e boa saúde são consideradas como dádivas divinas. As cartas e as orações manuscritas são escritas ordinárias, ou seja, que correspondem à escrita feita por pessoas comuns, muitas vezes silenciadas pelo tempo e pelo desinteresse da historiografia oficial, conforme Antônio Goméz Castillo. Tais escritas são tomadas como fontes importantes para a percepção de um tempo-espaço. São rastros de um passado que se faz presente; sinais de um tempo que ora se torna mais visível, ora parece menos aparente, mas que continua a orientar e contribuir para decisões e modos de ver o mundo. Por fim, cabe esclarecer que o texto em apreço é parte do resultado de pesquisa realizada durante o mestrado em História pela Universidade do Estado de Santa Catarina.