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O Gigante acordou(?): Tempo presente, cultura histórica e didática da história.
Última alteração: 2014-09-25
Resumo
Durante o mês de junho de 2013 eclodiu no Brasil uma série de manifestações públicas que ganharam as ruas de várias cidades. Apesar de aparente unidade, o movimento ficou caracterizado pelas bandeiras e reivindicações heterogêneas e não raramente contraditórias. A utilização do passado como legitimação política, social e identitária permeou, em medida, as mesmas pluralidades e abrangências como instrumento de orientação dos sujeitos que se viam naquele momento “fazendo história”. Como tarefa analítica do tempo presente, torna-se fundamental verificar os discursos emitidos através de jornais, redes sociais, cartazes, vídeos; sobre os acontecimentos do período e a construção da representação pública das “Manifestações de Junho” como algo que pretensamente “histórico”. A análise desses discursos e representações revela aspectos constitutivos e predominantes da cultura histórica em questão. Para tal, utiliza-se do conceito da didática da história como disciplina intrínseca da ciência da história e sua função de verificação e orientação do conhecimento histórico utilizado publicamente para diversos fins.
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