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Nessa pesquisa analisar-se-á a chamada Imprensa Alternativa, principalmente artigos dos jornais Opinião e Movimento e da revista Realidade, que fizeram oposição ao regime militar denunciando a politica indigenista oficial no período, salientado os crimes de ocupação das terras indígenas, a disseminação de doenças com as chamadas frentes de expansão promovidas pelo governo como resposta às exigências do capital nacional e internacional no Brasil. Baseada nas ideias de Jean-Pierre Rioux, para quem os ecos de um passado vibram no presente aliviando-o de um autismo que o tornaria tão somente presente, assim como nos estudos de Agnès Chaveau e Philippe Tétart para os quais na História com métodos particulares é possível também estudar o presente, buscamos tratar as citadas publicações como fontes históricas, problematizando sua produção os impactos das informações veiculadas no contexto sociopolítico da período estudado. Esperamos assim contribuir para a compreensão da "história do nosso próprio tempo" e, sobremaneira, para a discussão sobre a política indigenista oficial, as relações com os povos indígenas e a temática indígena em geral. Assunto ainda por demais desconhecido no período dos governos militares no Brasil, em um momento que o nosso país revê, retoma e repensa o processos histórico vivido durante a Ditadura Civil-Militar, a sua História e o lugar das sociodiversidades, incluindo os povos indígenas.