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Usos e representações das praças por moradores campinenses de diversas gerações
Última alteração: 2014-09-25
Resumo
A investigação da memória social dos pracistas e ex pracistas da cidade de Campina Grande tem contribuído para a problematização do esvaziamento físico e simbólico desse espaço urbano para as novas gerações, sobretudo, a partir da década de 90 do século XX. Campina Grande, a partir desta década, por diversas razões materiais e simbólicas, passa por um processo de reconfiguração, no que diz respeito aos laços de pertencimento aos espaços citadinos que tem provocado um esvaziamento e uma marginalização das praças. A construção do shopping center; a tecnologização da vida dos moradores; a adoção de uma experiência temporal fundamentada no tempo dos relógios por parte de crianças e jovens campinenses; a sedução da cultura midiática; a crise do setor comercial; a invenção de uma experiência de lazer e sociabilidade citadina fundada nos eventos; o desemprego estrutural, bem como a violência urbana, se apresentam a priori como diagnósticos sociais que podem explicar a crise das sensibilidades urbanas e o processo de despertencimento dos moradores aos espaços citadinos em Campina Grande. O uso das fontes orais para a construção da paisagem mental urbana do passado para as gerações do tempo presente tem contribuído para o estímulo a um diálogo integeracional e a uma releitura do texto cidade afirmadora do direito à memória e ao pertencimento citadino.
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