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O presente texto persegue dois objetivos: 1) analisar como os resultados médios das escolas brasileiras em Língua Portuguesa se distribuem nas escalas de proficiência da ANA de acordo com o nível socioeconômico (INSE); e 2) analisar documentos da ANA na tentativa de compreender os limites dessa avaliação. Para tanto, nos valemos de uma análise descritiva dos microdados da ANA de 2016 e uma análise discursiva de dois documentos divulgados pelo INEP. A investigação está alicerçada em um referencial teórico pós-estruturalista de viés foucaultiano. Concluímos que os resultados da ANA corroboram quantitativamente para o conceito de “apartheid educacional” de MORAIS (2012). Além disso, inferimos que apontar as limitações metodológicas da ANA pode funcionar como uma estratégia discursiva que legitima a própria avaliação.