Última alteração: 2021-09-27
Resumo
Muitas decisões envolvem uma escolha entre as consequências do presente e do futuro. Neste sentido, para minimizar a dor e maximizar o prazer, as pessoas antecipam os resultados por vieses em prever benefícios de longo prazo. Como as inconsistências comportamentais podem gerar problemas públicos e afetar os resultados de políticas públicas, este artigo utiliza a teoria das escolhas intertemporais da Economia Comportamental e aplica o quase-experimento apresentado em Attema e Lipman (2018) para medir a impaciência em decisões relacionadas a saúde em uma amostra de 427 residentes da cidade de Florianópolis. Os resultados evidenciam um alto número de índices negativos, reforçando a necessidade de considerar as preferências temporais de forma distinta para cada área. Além disso, o fato de a pesquisa ter sido realizada durante a pandemia de COVID-19 mostra que fatores externos também podem influenciar no padrão de decisões.