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“Escreve isto para a memória num livro”: o projeto Brasil: nunca mais, cultura histórica e transmissão da experiência (1978-1988)
Última alteração: 2017-10-10
Resumo
Esta comunicação tem por objetivo apresentar uma pesquisa que analisa o projeto Brasil: Nunca Mais (BMN) e sua difusão, circulação e recepção, problematizando o confronto entre memórias e narrativas sobre a ditadura civil-militar durante o processo de transição política brasileiro. Parte-se do pressuposto que esse conflito simbólico explicita divergências entre temporalidades e culturas históricas, e que determinadas representações sobre o passado recente brasileiro influenciaram diretamente na elaboração de políticas de memória e esquecimento. Ente os membros do projeto BNM e setores ligados ao regime ditatorial, existiam concepções diferentes de passado e expectativas distintas de futuro, explicações históricas distintas para as décadas de 1960 e 1970, bem como motivações diversas para a transmissão da experiência do terrorismo de Estado. Para explicitar o papel que o projeto BNM e seus responsáveis tiveram na construção, disseminação e recepção de uma representação do passado que confrontava a política de tempo e política de esquecimento imposta pela ditadura civil-militar, serão analisadas uma multiplicidade de fontes, dos serviços de informação do regime às memórias dos leitores do livro BNM.
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