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Dinâmica temporal no ensino de história: jovens e projetos de vida
Última alteração: 2017-10-14
Resumo
Este trabalho propõe discutir o tempo presente não no sentido dado à expressão, relacionada aos acontecimentos do tempo presente, mas, pensar o presente a partir das percepções da dinâmica do tempo, considerando um “fenômeno” característico em nossa época e presente nas salas de aula, qual seja, a dificuldade dos estudantes em darem sentido ao estudo do passado a partir de suas experiências o presente. Neste sentido, e a partir da problemática em torno da relação entre dificuldades no ensino de História e o regime de historicidade presentista (Hartog) considerando a dinâmica do tempo e a percepção de que pensar o passado está intimamente ligado à possibilidade de pensar o futuro (Ricoeur, 1997), foi proposta uma pesquisa com 198 jovens, a partir de questionários, na qual pudesse ser percebido a relação entre a existência de um “Projeto de Vida” e a percepção do passado como significativo na vida de jovens do Ensino Médio, particularmente, em Escola de Tempo Integral no município de Sorocaba/SP, comparada a uma escola regular do mesmo município. (O Projeto de Vida, constitui-se como uma disciplina e também é uma das bases do Programa Ensino Integral do Estado de São Paulo). Em análise preliminar é possível inferir essa estreita relação a partir de um baixo índice de alunos que demonstram apatia em relação às dimensões do passado coincidindo com a inexistência de perspectivas para o futuro e um alto índice de respostas na qual a indicação de perspectivas de futuro está relacionada às percepções da dimensão temporal através da relação com o passado. Nesse sentido, pensar o presente e estudar o tempo presente nas aulas de história, em turmas de jovens entre 13 e 15 anos, numa perspectiva historiográfica, pressupõe a construção de ideias sobre as possibilidades ou perspectivas de futuro, tanto na do ponto de vista do indivíduo quanto da sociedade.
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