Última alteração: 2017-10-10
Resumo
Esta pesquisa tem como objetivo investigar quais são as representações sobre a História das Áfricas e das populações de origem africanas que são apropriadas e expressas pelos estudantes do Curso de graduação em História da UDESC na condição de estagiários na disciplina de Estágio Curricular Supervisionado. Isto é, irei verificar quais os sentidos e abordagens dado a História das Áfricas pelos estudantes na posição de professores em escolas de Educação Básica, buscando perceber como estes se apropriam das orientações da Lei 10.639/03 e quais foram ás mudanças e permanências depois da regulamentação desta normativa. Portanto, minha pesquisa busca compreender as apropriações dos indivíduos em relação a História das Áfricas a partir de dois níveis: primeiro a apropriação dos alunos da graduação como estagiários e segundo a apropriação dos estudantes da escola. Para o alcance desses objetivos, utilizarei como fonte histórica os Relatórios finais de estágio da disciplina de Estágio Curricular Supervisionado da UDESC, selecionando uma amostragem de 24 relatórios a partir do recorte temporal de 2000 a 2015. Como aporte teórico usarei autores como Fanon, Quijano e Mbembe para pensar a colonialidade e o racismo na atualidade e Hall para mobilizar o conceito de representação. Nesse aspecto, irei abordar os trechos dos relatórios em que a África ou as populações de origem africana são invisibilizadas, são vistas a partir de um viés eurocêntrico, ou apresentaram uma visão que se direcionava a uma perspectiva positiva e descolonizada em relação a estas populações. Atentarei também nos relatórios executados depois da implementação da Lei 10.639/03 nas novas posturas, conteúdos e categorias que a partir deste marco passam a ser inseridos no Ensino de História. Este artigo é um recorte de uma dissertação em desenvolvimento na UDESC na área de História do Tempo Presente.